Os Bambus pertencem à família Poaceae ou Gramineae e sua subfamília é Bambusoideae, com aproximadamente 50 gêneros e 1300 espécies, que se distribuem naturalmente dos trópicos às regiões temperadas, tendo, no entanto, maior ocorrência nas zonas quentes e com chuvas abundantes das regiões tropicais e subtropicais da Ásia, África e América do Sul.
Os bambus nativos crescem naturalmente em todos os continentes, exceto na Europa, sendo que 62% das espécies são nativas da Ásia, 34% das Américas, e 4% da África e Oceania (HIDALGO LOPEZ, 2003).
São encontrados em altitudes que variam de zero até 4800 metros.
Os tons de cor são variados: preto, vermelho, azul, violeta, tendo o verde e o amarelo como principais.
No Brasil, as espécies nativas são em sua grande maioria enquadradas na categoria de ornamentais, e estão associadas a um meio ambiente específico, como as florestas. A maioria das espécies de bambu que se vê plantadas são exóticas, originárias em sua maior parte de países orientais, de onde foram sendo trazidas e aqui introduzidas desde o tempo do descobrimento, exceção feita ao gênero Guadua, originário da América, sendo muito utilizado na Colômbia e Equador, e possuindo várias espécies nativas no Brasil (PEREIRA, 2001).
De acordo com Figueira & Gonçalves (2004), o Brasil possui 34 gêneros e 232 espécies de Bambus nativos (174 consideradas endêmicas), sendo considerados 16 gêneros de bambus do tipo herbáceo (ornamental) e 18 gêneros do tipo lenhoso.
Dentre os bambus lenhosos existem 6 gêneros (com 129 espécies) endêmicos, destacando-se os gêneros Merostachys, com 53 espécies; Chusquea (*bambu maciço), com 40 espécies; e Guadua, com 16 espécies.
No Brasil ocorrem 89% de todos os gêneros e 65% de todas as espécies conhecidas na América.
Conforme Azzini & Beraldo (2001), algumas espécies de bambu nativas no Brasil são conhecidas geralmente como: taquara, taboca, jativoca, taquaruçú ou taboca-açú, conforme a região de ocorrência. Essas espécies de bambus ocorrem, de acordo com Filgueiras & Gonçalves (2004), em ambientes de mata, como a Floresta Atlântica (65%), Amazônia (26%), e os Cerrados (9%) servindo como um tipo de cicatrização da floresta quando se processa a retirada indiscriminada das árvores.