Bambu

Existem mais de 1300 espécies de Bambu pelo mundo!
Frente a esta grande variedade, se faz necessário um estudo teórico/prático sobre esta planta maravilhosa que pertence à família das Gramíneas e que pode nos fornecer uma variedade de produtos de excelente qualidade, desde a construção de pequenos artefatos e utensílios até a construção de casas, pontes, alimentos, medicina, etc.
Como toda matéria prima, é necessário conhecer mais a fundo as particularidades do BAMBU, que tem um dos crescimentos mais rápidos do reino vegetal e suas incríveis particularidades como planta.

UM RECURSO SUSTENTÁVEL E RENOVÁVEL

-Depois que um bambuzal atinge sua idade adulta, em torno de 5 a 8 anos, produz colmos (troncos) anualmente;

-Não precisa ser replantado (a extração de madeira é apenas uma “poda”).

Um bambuzal bem manejado pode viver de 80 a mais de 120 anos;

-Brotos para alimentação, rico em proteínas, fibras e substâncias antioxidantes. Pode substituir a extração do Palmito Juçara, ameaçado de extinção;

-Planta perene e rústica que pode ser cultivada em solos com baixa fertilidade;

-Fitorremediação (utilização de plantas como agentes descontaminantes de solo e água) que pode ser utilizada em recuperação de áreas degradadas. O bambu também pode ser utilizado no tratamento de águas residuais de esgotos domésticos;

-Ciclagem de nutrientes (grande produção de biomassa);

-Grande versatilidade de aplicações e usos;

-Excelentes características físicas, químicas e mecânicas.

“O Bambu sempre esteve presente na cultura e na vida diária do homem primitivo de todos os continentes com exceção da Europa que não tem o Bambu na forma nativa.


Nos tempos mais remotos o Bambu era empregado na fabricação de arcos e flechas, habitações, utensílios domésticos, embarcações e outros.
Mais tarde o Bambu foi matéria prima na construção da primeira lâmpada, avião e bicicleta (SALGADO, 1992).”

Estudos realizados no Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da UNESP em Bauru mostram que as espécies mais indicadas para o uso estrutural na construção civil são as dos gêneros Guadua (conhecido no Brasil como Taquaruçu), Dendrocalamus (denominado Bambu gigante ou Bambu balde) e Phyllostachys pubescens.


Em relação às propriedades estruturais do Bambu, Janssen (2000) comentou que se forem consideradas as relações de resistência / massa específica e rigidez/massa específica, tais valores superam as madeiras e o concreto, podendo ser tais relações comparáveis, inclusive ao aço.


No setor da construção civil, o uso do bambu é bastante difundido na Ásia e em outros países da América Latina, como Peru, Equador, Costa Rica e Colômbia, onde vários exemplos de edificações confirmam sua potencialidade.
Vale ressaltar o trabalho dos arquitetos Oscar Hidalgo e Simon Vélez na Colômbia, que pela sua técnica refinada tem difundido o uso adequado do bambu na construção civil.

BOTÂNICA

Os Bambus pertencem à família Poaceae ou Gramineae e sua subfamília é Bambusoideae, com aproximadamente 50 gêneros e 1300 espécies, que se distribuem naturalmente dos trópicos às regiões temperadas, tendo, no entanto, maior ocorrência nas zonas quentes e com chuvas abundantes das regiões tropicais e subtropicais da Ásia, África e América do Sul.

Os bambus nativos crescem naturalmente em todos os continentes, exceto na Europa, sendo que 62% das espécies são nativas da Ásia, 34% das Américas, e 4% da África e Oceania (HIDALGO LOPEZ, 2003).

São encontrados em altitudes que variam de zero até 4800 metros.

Os tons de cor são variados: preto, vermelho, azul, violeta, tendo o verde e o amarelo como principais.

No Brasil, as espécies nativas são em sua grande maioria enquadradas na categoria de ornamentais, e estão associadas a um meio ambiente específico, como as florestas. A maioria das espécies de bambu que se vê plantadas são exóticas, originárias em sua maior parte de países orientais, de onde foram sendo trazidas e aqui introduzidas desde o tempo do descobrimento, exceção feita ao gênero Guadua, originário da América, sendo muito utilizado na Colômbia e Equador, e possuindo várias espécies nativas no Brasil (PEREIRA, 2001).


De acordo com Figueira & Gonçalves (2004), o Brasil possui 34 gêneros e 232 espécies de Bambus nativos (174 consideradas endêmicas), sendo considerados 16 gêneros de bambus do tipo herbáceo (ornamental) e 18 gêneros do tipo lenhoso.


Dentre os bambus lenhosos existem 6 gêneros (com 129 espécies) endêmicos, destacando-se os gêneros Merostachys, com 53 espécies; Chusquea (*bambu maciço), com 40 espécies; e Guadua, com 16 espécies.


No Brasil ocorrem 89% de todos os gêneros e 65% de todas as espécies conhecidas na América.


Conforme Azzini & Beraldo (2001), algumas espécies de bambu nativas no Brasil são conhecidas geralmente como: taquara, taboca, jativoca, taquaruçú ou taboca-açú, conforme a região de ocorrência. Essas espécies de bambus ocorrem, de acordo com Filgueiras & Gonçalves (2004), em ambientes de mata, como a Floresta Atlântica (65%), Amazônia (26%), e os Cerrados (9%) servindo como um tipo de cicatrização da floresta quando se processa a retirada indiscriminada das árvores.

A COLHEITA DE COLMOS DE BAMBU DEVE RESPEITAR A FISIOLOGIA DA PLANTA

Devemos evitar colher no período em que a planta está emitindo os brotos e os momentos que antecedem esta fase. Nesta hora os colmos maduros estão carregados de diferentes tipos de açúcares presentes na seiva, já que durante esta fase, os colmos realizam a função de translocar boa parte da seiva, que é produzida na fotossíntese, via rizoma aos brotos, como suprimento energético para seu crescimento. Esse processo de translocação de seiva se prolonga até o momento em que os novos colmos completam o desenvolvimento das estruturas foliares.


Quando os últimos colmos gerados já apresentam superfície foliar suficiente para realizar a fotossíntese é que os colmos maduros podem ser removidos, sem prejudicar o crescimento dos colmos jovens e para a obtenção de colmos com menor quantidade de açúcares, o alimento dos insetos.


-Bambus de tipo Entouceirantes (paquimorfos): colheita entre julho, agosto e setembro.


-Bambus de tipo Alastrantes (leptomorfos): colheita entre os meses de dezembro a maio.


Referente às regiões Sul e Sudeste do Brasil

TIPOS DE TRATAMENTO EXISTENTES

Tratamentos Paliativos
O processo de cura ou “tratamento paliativo” consiste na secagem e diminuição da seiva (alimento dos insetos que atacam o bambu) contida no bambu.
*Não confundir com tratamento de imunização.
• Cura na mata;
• Imersão em água;
• Cura pela ação do fogo;

Tratamento Imunizante
O bambu possui teor de amido relativamente elevado em sua constituição, por isso ele é bastante susceptível ao ataque de pragas. Para se obter maior resistência e durabilidade, principalmente quando destinado à construção, é muito importante que algumas providências sejam tomadas no sentido de otimizar o aproveitamento desse material.
Segundo alguns autores o bambu apresenta vida útil de um a três anos quando não é imunizado.
O produto mais utilizado para tratamento de bambu é o Octoborato ou Pentaborato (Borax + Ácido Bórico) como inseticida, e Sulfato de Cobre como fungicida.

Métodos de Tratamento utilizando soluções preservativas:
• Capilaridade (ou substituição de seiva);
• Imersão em tanque com solução preservativa; • Boucherie modificado;
• Difusão vertical (Copão);

Obras com Bambu

Construção da primeira Sede do Projeto Espaço Naturalmente na praia do Lami, zona rural de Porto Alegre-RS

Aqui foi onde tudo começou, nossos primeiros passos, testes, erros e acertos.

O projeto ininiou em 2009 e em 2018 mudamos para Santa Catarina.

Seguimos agora em nossa nova sede rural em São Pedro de Alcântara-SC.

Casa da Marcela

Bioconstrução na Praia da Pinheira-SC / 2018 e 2020.

Fizemos parte da reforma de uma casa convencional, aumentando alguns cômodos com paredes de barro.

Em 2020 retornamos ao local para executar uma obra de 2 andares construída em Bambu Gigante e também uma estrutura em madeira roliça nos fundos do terreno, para banheiro seco, espaço de chuveiro e banheira, e um pequeno depósito que pode servir como mini-casa para alugar na temporada.

Estruturas com Bambu

Projetamos estruturas em Bambu para eventos em geral ou executamos o seu projetos.

• Stands para feiras;
• Pórticos de entrada;
• Mini-palcos;
• Cúpula Geodésica;
• Túnel treliçado;
• Recepções; entre outras.
Construção de Estruturas Fixas em Bambu
• Casas de um ou dois pavimentos;
• Chalés;
• Pergolados;
• Quiosques;
• Varandas, galpões, garagens etc.

Entre em contato conosco e solicite orçamento.

Silabas – Simpósio Latino Americano de Bioarquitetura e Sustentabilidade em Nova FriburgoRJ / 2016

Projeto e execução de estruturas em Bambu para o Silabas:

Stand de Túnel Treliçado / Geodésica com Viga Recíproca / Palco em Estrutura Recíproca

Tenda Parabolóide

Utilizada como recepção para eventos em geral.

Fazemos sob medida.

GEOCONCHA ( 1/2 Geodésica)

Pode ser utilizado como Stand ou Palco para apresentações artísticas em geral.

Imagem: Stand do Espaço Naturalmente na Feira Bionat / Porto Alegre – 2015.

Imagem: Palco apresentações artísticas na Virada Sustentável Porto Alegre/RS – 2015.

Congresso Brasileiro de Nutrição – CONBRAN / FIERGS – Porto Alegre/RS / 2016

Pórtico de Bambu, treliça decorativa, painel treliçado para vasos e móveis de bambu.

Palco / Túnel Treliçado

Pode ser utilizado como Stand ou Palco para apresentações artísticas em geral.

Imagem: Virada Sustentável

Porto Alegre-RS / 2017

Marcenaria em Bambu

Curso completo de marcenaria em bambu • Assessoria em bambu • Consultoria em bambu

contato@espaconaturalmente.eco.br